quarta-feira, 16 de novembro de 2011

HEDON


O hedonismo tem como princípio básico a busca do prazer, enquanto virtude da construção humana. Em geral, aceita-se esta interpretação ética que veio e tem  surgido por simples observação. Outra versão comum assume o hedonismo como bem supremo, um valor fundamental. Filósofos como Hume, Bentham e Mill podem ser considerados fundamentalistas do hedonismo, ao passo que pensadores contemporâneos tendem  rever esta antiga concepção filosófica no sentido utilitarista. Há uma diferença fundamental entre  teorias hedonistas  antigas e  modernas. A concepção moderna volta-se para o prazer do indivíduo; por outro lado as antigas como  as de Hume, Bentham e Mill, baseiam-se numa concepção mais ampla de prazer e felicidade. Nestes filósofos em primeiro lugar está o prazer ou o bem estar da comunidade. O hedonismo moderno recebe freqüentemente a denominação de utilitarismo, porque deixa de fazer parte de uma ética individual ou egoísta para se integrar numa ética social: a maior felicidade para o maior número. Segundo Abbagnano (1960) 2 , "o hedonismo distingue-se do utilitarismo de séculoXX", pois como se sabe esse tinha como princípio não o prazer individual, mas a utilidade dos homens para um prazer único que era servir à sociedade.

Há que se ter cuidado de esclarecer que, utiliza-se o termo hedonismo não no sentido do prazer unilateral, egocêntrico, que restringe todos os fins em si mesmo, mas  a polissemia e suas múltiplas e variadas relações de sentido e significado. Dessas múltiplas relações será extraído um viés como fio  condutor deste estudo que é a busca do prazer através da atividade física e do esporte como livre iniciativa e escolha pessoal, também consideradas por um conjunto de atitudes do summum bonnum - o bem maior, que é o ser humano.

Iniciando por Nietzsche (apud Siebeneichler 1997), filósofo existencialista, que discute a felicidade, E o que é o prazer sem a felicidade? (grifo do autor), em que esta é considerada  uma virtude de tipo especial,  a qual se torna o alicerce da "subjetividade humana". Refuta a lei e a moral separando-as da felicidade, pois estas estão dirigidas  contra o homem, privando-o de encontrar as múltiplas formas da felicidade, que depende fundamentalmente  que o homem esteja seguro e uno consigo mesmo. Justifica-se essa premissa de Nietzsche uma vez que, não será o prazer hedonista conforme queriam os epicuristas, ou seja, a fonte de toda alegria e felicidade?
 Elaine Valéria  Rizzuti

Nenhum comentário:

Postar um comentário