sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Autor na Praça celebra 13 anos e recebe as “Mães de Maio”.

 












O projeto O Autor na Praça começou no dia 1º de Maio de 1999 e teve como primeiro convidado o dramaturgo e escritor Plínio marcos, que se tornou padrinho do projeto e dá nome ao espaço onde acontece (tenda na feira de Artes da Praça Benedito Calixto), naquela ocasião Plínio autografou uma nova edição do livro “Querô – uma repostagem maldita”. Além de comemorar os 13 anos do projeto e do espaço Plínio Marcos, queremos manifestar nosso apoio ao movimento por justiça contra a violência policial oocorrida em maio de 2006, recebendo o Movimento “Mães de Maio”, em tarde de autógrafos do livro “Do Luto à Luta”, leituras e depoimentos. Contaremos também com a participação do Stand Raizarte, que reúne mulheres vendedoras da Revista OCAS e a presença do cartunista Gilmar, que recebeu o prêmio Vladimir Herzog em 2006 com a charge “Matou, Morreu” sobre o confronto entre a Polícia Militar e o PCC. O evento vai acontecer das 15 as 18h no Espaço Plínio Marcos e convidamos a todos para acompanhar a entrega do IV Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos, logo em seguida, as 19h, no auditório da Biblioteca Alceu Amoroso Lima, basta sair da praça e atravessar a Av. Henrique Schaumann.
Os Crimes de Maio de 2006 podem ser definidos como uma matança decorrente da contra-ofensiva da polícia de São Paulo aos ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio de 2006. De acordo com a própria Secretaria de Segurança Pública, o PCC foi responsável pela morte de 47 pessoas. No entanto, no período de 12 a 20 de maio, 493 pessoas foram assassinadas por armas de fogo, de acordo com informações do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). Ou seja, os demais 446 assassinatos entraram para as estatísticas de crimes não esclarecidos. Há fortes indícios de que as mortes tenham sido praticadas por policiais em represália aos ataques do PCC. Os episódios teriam sido provocados por uma guerra entre bandidos e os agentes do Estado de São Paulo. Os policiais estavam sob o comando do então secretário de Segurança Pública, Saulo Abreu de Castro, que ordenou para todos os policiais saírem “à caça dos suspeitos”. Parentes das vítimas desses crimes iniciaram uma luta por justiça e para que esses crimes não caíssem no esquecimento. Nasceu assim o movimento Mães de Maio
Mães de Maio - É uma rede de Mães, Familiares e Amigos de vítimas da violência do Estado Brasileiro (principalmente da Polícia), formado aqui no estado de São Paulo a partir dos famigerados Crimes de Maio de 2006. Foi a partir da Dor e do Luto gerado pela perda de nossos filhos, familiares e amigos que nos encontramos, nos reunimos e passamos a caminhar juntas. “Nossa missão é lutar pela Verdade, pela Memória e por Justiça para todas as vítimas da violência contra a população Pobre, Negra, Indígena e contra os Movimentos Sociais brasileiros, de Ontem e de Hoje. Verdade e Justiça não apenas para os mortos e desaparecidos dos Crimes de Maio de 2006 ou dos Crimes de Abril de 2010, mas para todas as vítimas do massacre contínuo que o estado pratica historicamente no país. Nosso objetivo maior é construir, na Prática e na Luta, uma sociedade
O Autor na Praça celebra 13 anos e recebe as “Mães de Maio”.
Espaço Plínio Marcos – Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito CalixtoPinheiros
Dia 19 de maio, sábado, a partir das 15h. (evento em espaço aberto ao público).
Informações: Edson Lima – 3739 0208 / 7105 0551 - oanp@uol.com.br
Realização: Edson Lima & AAPBC. Apoio: AEUSP, Grupo Tortura Nunca Mais, Consulado Mineiro e O Cantinho Português.
realmente Justa e Livre.” (www.maesdemaio.blogspot.com.br).

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